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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A "vida religiosa dominicana" a serviço da "vida no planeta"

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A “vida religiosa dominicana”
a serviço da “vida no planeta”

Como seres humanos, homens e mulheres, e sobretudo, como cristãos e cristãs, somos todos/as chamados/as a ser “profetas da vida”.
“Como profetas da vida, queremos insistir que, nas intervenções sobre os recursos naturais, não predominem os interesses de grupos econômicos que arrasam irracionalmente as fontes da vida, em prejuízo de nações inteiras e da própria humanidade” (Documento de Aparecida - DA, 471).
Como profetas da vida queremos também “procurar um modelo de desenvolvimento alternativo, integral e solidário, baseado em uma ética que inclua a responsabilidade por uma autêntica ecologia natural e humana, que se fundamenta no evangelho da justiça, da solidariedade e do destino universal dos bens, e que supere a lógica utilitarista e individualista, que não submete os poderes econômicos e tecnológicos a critérios éticos” (DA, 473, c).
Como religiosos e religiosas, como dominicanos e dominicanas (religiosos e religiosas segundo o carisma de S, Domingos) somos chamados a ser “radicalmente profetas da vida”.
Hoje, na América Latina e no Caribe, a vida religiosa, na diversidade e na riqueza de seus carismas, “é chamada a ser uma vida discipular, apaixonada por Jesus-caminho ao Pai misericordioso, e por isso, de caráter profundamente místico e comunitário. É chamada a ser uma vida missionária, apaixonada pelo anúncio de Jesus-verdade do Pai, por isso mesmo radicalmente profética, capaz de mostrar, à luz de Cristo, as sombras do mundo atual e os caminhos de uma vida nova” (DA, 220).
A vida religiosa, como vida de especial consagração, é “um projeto de vida cristã radical”. Tem como referencial a vida de Jesus de Nazaré e acontece (se torna história) nas situações concretas da realidade humana e cósmica, a partir dos empobrecidos, oprimidos e excluídos da sociedade.
Por vocação, os religiosos e as religiosas, os dominicanos e as dominicanas somos chamados a dar a vida por amor - numa entrega que, dentro de nossas possibilidades, deve ser total e exclusiva - a serviço da “vida no planeta”, fazendo acontecer o Reino de Deus. “Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos” (Jo 15,13). “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).
Falando da ética do cuidado, a Campanha da fraternidade 2011 nos lembra: “É absolutamente necessário desejar que o resgate da responsabilidade ética motive e faça convergir ações de cunho social até de alcance planetário, visando o cuidado deste imenso ser vivo chamado planeta Terra. (…) A opção pela vida é o grande referencial. Assim tem sido e esta opção precisa ser reafirmada, recolocando no centro da pauta da humanidade o cuidado com o mundo vital” (Texto-Base, 94).
Falando, pois, do universo inteiro, a CF11 nos lembra ainda: “O universo inteiro possui uma
dimensão crística. A encarnação, vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo possuem um significado cósmico, totalmente universal. A libertação da natureza, manipulada abusivamente pelo ser humano, está incluída na libertação do pecado humano para a vivência da liberdade concretizada no amor-serviço. Inclui as relações responsáveis e solidárias com as outras criaturas. Hoje, fica cada vez mais claro que a salvação do ser humano é inseparável da salvação da criação toda (Rm 8, 19-23). O destino de ambos está intimamente ligado” (Texto-Base, 183).
Continuemos “proclamando o evangelho da vida” (DA, 475). Que a CF11 (Fraternidade e a Vida no Planeta. “A criação geme em dores de parto” - Rm 8,22) nos faça viver com alegria a nossa vocação religiosa dominicana, na esperança - que já é certeza - de um “mundo novo”.

Frei Marcos Sassatelli, OP
Goiânia, 28 de julho de 2011

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